Embolia pulmonar é o bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões por diversos materiais. Na maioria das vezes, a embolia pulmonar é causada por coágulos de sangue que viajam até os pulmões a partir das pernas ou, raramente, de outras partes do corpo (trombose venosa profunda).
Os sintomas da embolia pulmonar podem ser muito variáveis, dependendo de quanto seu pulmão foi envolvido, o tamanho dos coágulos e seu estado geral de saúde-especialmente a presença ou ausência de uma doença pulmonar ou cardíaca subjacente.
As embolias podem ser maiores ou menores. Quando coágulos grandes migram para os pulmões, artérias maiores são obstruídas e o doente apresenta:
Embolia maior
Embolia menor – os coágulos se alojam em artérias menores, mais próximas da pleura, havendo:
A maioria dos pacientes que tem embolia tem uma ou mais condições que facilitam a formação de coágulos nas pernas (fatores de risco). Estas incluem:
Os exames pedidos podem ser um ou mais dos seguintes:
Exames de sangue
Após avaliação de cada caso, o médico estima a probabilidade de tratar-se ou não de embolia pulmonar e solicita exames para confirmar ou excluir o diagnóstico. Um exame de sangue que mede um produto da dissolução de coágulos, denominado dímero D é frequentemente pedido no pronto-socorro. Níveis elevados são quase sempre presentes em embolia pulmonar, mas podem ser encontrados por outras causas. O teste tem valor quando é normal. Isto, associado com uma baixa/moderada probabilidade de embolia pulmonar (determinada por escores que os médicos usam), afasta a possibilidade de embolia pulmonar, e mais exames não são necessários.
Ultrassom venoso das pernas
A obstrução das veias das pernas pode ser diagnosticada por um aparelho de ultrassom, denominado duplex Doppler. Se coágulos são detectados na presença de suspeita de embolia pulmonar, o tratamento será iniciado imediatamente. Entretanto, se o ultrassom das pernas é negativo, a embolia pulmonar não é descartada.
A realização de uma tomografia de tórax com injeção de contraste (angiotomografia) é o teste preferido para o diagnóstico de embolia pulmonar em doentes estáveis. Os aparelhos modernos têm elevada capacidade para visualização de êmbolos pulmonares, de uma maneira rápida.
Uma cintilografia pulmonar pode ser solicitada se a tomografia não é disponível ou se o paciente tem uma contraindicação à tomografia ou ao uso de contraste.
Angiografia pulmonar- Este teste mostra a circulação de sangue nos pulmões. É a maneira mais precisa para fazer o diagnóstico de embolia pulmonar, mas precisa de pessoas bem treinadas para sua realização e não é isenta de riscos.
A finalidade do tratamento é impedir o crescimento e a formação de novos coágulos. Há necessidade de internação na maioria dos casos, com anticoagulação imediata.
Anticoagulantes (“afinadores do sangue”)
Estes medicamentos impedem a formação de novos coágulos enquanto o corpo trabalha para dissolver os coágulos. Heparina é um anticoagulante frequentemente usado, que pode ser usado através de uma veia ou injetado sob a pele. Ela atua rapidamente e é frequentemente dada junto com um anticoagulante tal como a varfarina, até que este se torne efetivo, o que pode demorar alguns dias.
Uma nova classe de anticoagulantes foi testada e aprovada nos últimos anos para tratamento da tromboembolia venosa. Estas medicações têm a vantagem de serem dadas por via oral, sem a necessidade de uso conjunto inicialmente com a heparina. Estes medicamentos tem início rápido de ação e têm menos interações com outros medicamentos. Além disso, não necessitam de frequentes exames de sangue para ajuste de dose. Os novos anticoagulantes incluem: dabigatrana (Pradaxa), rivaroxabana (Xarelto) e Apixaban (Eliquid). A varfarina (Marevan), ao contrário, precisa ser monitorizada com frequência, e sofre interferência de diversos medicamentos e mudanças na ingestão de certos alimentos. O uso da varfarina deve ser abandonado em breve.
Medicações que dissolvem os coágulos (terapia trombolítica) são indicadas em casos de embolia extensa em pacientes com queda de pressão ou com reserva cardiopulmonar pobre, onde nova embolia pode ser fatal. Os trombolíticos não são usados em todos os casos de embolia pulmonar pelo maior risco de causarem hemorragias.
Tempo de uso do anticoagulante oral
Pacientes com o primeiro evento tromboembólico, ocorrendo na situação de um fator reversível tal como imobilização, cirurgia ou trauma, devem receber anticoagulante oral por 3-6 meses.
O tratamento deve ser prolongado ou mesmo por tempo indefinido em pacientes com:
A formação de trombos nos membros inferiores pode ser prevenida evitando-se repouso prolongado na cama, movimentação ativa das pernas e uso de meias elásticas ou dispositivos de compressão para facilitar o fluxo de sangue e deambulação precoce após cirurgias.
Anticoagulantes são frequentemente prescritos para pessoas com maior risco antes e depois de uma cirurgia, bem com para pessoas admitidas no hospital com certas condições, tais como ataque cardíaco ou complicações de câncer.
Movimentar-se logo que possível após a cirurgia pode ajudar a prevenir a embolia pulmonar e apressar a recuperação. Este é o motivo pelo qual a enfermagem insiste para você se levantar logo, mesmo no dia depois da cirurgia, e caminhar apesar da dor no local da incisão da cirurgia.
Elevação das pernas: elevando as suas pernas quando possível e durante a noite também pode ajudar quando no hospital.
Como prevenir embolia em viagens prolongadas?
Permanecer sentado durante longas viagens aéreas ou de automóvel ou ônibus aumenta o risco de formação de coágulos. Se você tem fatores de risco para formação de coágulos de sangue e está preocupado sobre a viagem, fale com seu médico – se você tem alto risco para formação de coágulos, o seu médico pode recomendar que você use uma injeção preventiva de heparina subcutânea antes de partir.
Alguns cuidados podem reduzir de trombose venosa: